Depois do trauma do fim do Megaupload estou de volta. Por enquanto o host das mixagens está no ar. O 4Shared e o Mediafire parecem ter resistido. Também, o Megaupload hospedava em escala industrial: filmes, games e programas. Em mais de 10 anos de internet já tive muito de meu 'trabalho' apagado por aí. Até hoje não consegui reunir todos os 109 mixes juntos. Mas, vamos em frente.
O que falar dessa deusa chamada Donna Summer? Linda, voz inigualável, produções impecáveis. Ela nos deixou agora a pouco. Nunca vi tamanha comoção, seja na web ou na TV. Na verdade Donna Summer é um daqueles artistas inclassificáveis, que todo mundo já ouviu e quem não gostou, boa pessoa não é. Nesse mix só dá ela. Com seus sucessos e algo mais.
Veja a performance de Donna Summer na entrega do Oscar 1978:
Esses 2 próximos mixes são aqueles q os Disco-talebans vão odiar. Misturei o que me deu na telha. Algumas pitadas de músicas sampleadas, como a original usada por DJ Falcon em "Honeymoon", de Bent "Magic Love", de Basement Jaxx "Where's Your Head At" e mais um monte de coisa legal que certamente te surpreenderá. Passei por disco, funk, rock, lentas.
Na verdade era um só mix, mas eu me empolguei tanto com a seleção que quase não parei. Escutei, fiz a playlist, arranjei tudo e colei. O resultado da 2ª parte foi assim...não sei explicar, só ouvindo. Peguei algumas pérolas de uma listona que vi por aí com os 1.000 álbuns pra se ouvir antes de morrer, uma pitadinha de disco music, rock, e saiu essa maravilha. Aqui tem a lendária versão original de "Rock Your Baby" (não sei se é lenda urbana, mas li por aí que a versão original é essa que toquei. Pastei alguns meses pra conseguir, mas está aí. Não é soberba como a de George McCrae, mas vale a pena ouvir). Coloquei as originais dessas músicas aqui ó:
Nesses meses que se passaram tivemos perdas imensuráveis: Donna Summer e Robin Gibb do Bee Gees. Muito triste ver alguns de seus ídolos indo embora, porém seu legados musicais são eternos. Como homenagem a minha cantora preferida fiz o mix 107, mas antes vamos por ordem cronológica comentar as mixagens.
Esse mix já estava pronto desde janeiro. Quem acessava os mixes já podia escutá-lo. Não coloquei no site principal porque estava desmotivado com esse negócio do fechamento de sites de download. E também acho que ele não tem tanta força quanto o 105. Quis fazem um mix de músicas que soassem 'novidades' aos ouvidos. SIM, há muita coisa boa a ser descoberta nesse baú que se chama 'música'. Coisa que não tocou nas rádios, lados B, artistas injustamente pouco conhecidos, pelo menos aqui no Brasil, em que as rádios só tocam o óbvio. Eu vivo me surpreendendo com a musicalidade dos anos 70 e 80.
Comecei com Dominick J. Monardo, mais conhecido como Meco e sua versão para Contatos Imediatos de 3º Grau (Close Encounters), filme que por acaso (mentira não foi acaso) assisti nessa semana! Meco começou como arranjador, co-produziu hits como 'Never can say goodbye' de Glória Gaynor e 'Doctor's Orders' de Carol Douglas. Isso lhe deu credencial para uma espreitada da Casablanca Records: Lançar versões Disco de clássicos do cinema. Nasceram então Star Wars and Other Galactic Funk , The Wizard of Oz e Close Encounters of the Third Kind. "Star Wars Theme/Cantina Band" chegou ao #1 do chart Billboard Hot 100 de 1977. 'Theme From 'Close Encounters'" chegou ao #25 do mesmo chart em 1978.
Toquei Love Unlimited Orchestra, um de meus grupos preferidos. "Rhapsody In White" está em um álbum só de instrumentais de 1974 de mesmo nome, produzido e arranjado soberbamente, como todas as produções de Barry White, que eu tenho em vinil e por sinal chegou ao #2 no chart R&B Albums e #8 no The Billboard 200 daquele ano. Nesse mesmo álbuns está o megas hit "Love's Theme". O single "Rhapsody In White" #63 do chart Billboard Hot 100.
Segui com Melvonne, que você e nem eu nunca tínhamos ouvido falar. De um tal selo "Celesta" (1984), classificado como Funk Gospel (???), que, por sinal nem sei de onde tirei essa música,
já que sumiu de meu computador, rss. A única coisa que sei dizer é que os vocais parecem de Alton McClain ("It Must Be Love").
Toquei Billy Paul com "How Good Is Your Game?", um daqueles lado B que não se ouve todos os dias. Teve até versão 12" lançada e chegou a um #50 no R&B Singles da Billboard. Essa música está no álbum 'Let Me In" de 1977.
Teve Richard Hewson Orchestra com "Love Bite" de 1976, do selo Splash (Londres). Pouca coisa há de informação sobre esse artista. Mais uma daquelas reuniões de Disco Orchestra das quais eu tanto gosto. Sabe-se porém que a tal Richard Hewson Orchestra viria a trocar de nome e Richard A. Hewson reencarnaria como RAH band, que você certamente deve conhecer pelo super hit "Clouds Across The Moon" (1985), a partir daí sim, você saberá que RAH trabalhou com artistas de peso como Supertramp, Diana Ross, Carly Simon, Art Garfunkel, Leo Sayer, Al Stewart, Chris DeBurgh, Fleetwood Mac e Chris Rea. Nada mal!
Ainda teve A La Carte, um trio vocal feminino alemão, tipo Silver Convention, que eu particularmente não curto. Esse música que toquei se chama "Ring Me Honey" (1980) e parece uma releitura de ABBA "Gimme Gimme Gimme". Depois de algum tempo você sente um tempero de "Summer Night City". Vale a pena ouvir. O restante deixo por conta da expectativa!
Donna Summer, junto a Bee Gees, era celebrada como a artista da Era Disco com carreira de maior longevidade. Estava na ativa até poucos meses, quando um câncer a silenciou. Talvez por um pouco de preconceito não era tão lembrada, é uma daquelas artistas injustiçadas pela história da música.
LaDonna Adrian Gaines não era uma cantora qualquer: seu potencial ia além da Disco Music. Com a produção impecável de Giorgio Moroder foi a pioneira da música eletrônica. Ganhou vários prêmios ao longo de sua carreira, incluindo 5 Grammys, 1 Oscar por "Last Dance" tema do filme "Até que Enfim é Sexta-Feira" de 1978, mais de 20 #1 nos charts da Billboard e prêmios e mais prêmios. Nesse mix eu escolhi minhas preferidas.
Superjukebox - vol.108 - Random EXTREME mix
O mais comédia dessa história é a original usada pelo bestalhão do Eminem na música "My Name Is". Um cara cheio de chiliques de homofobia usou samples de um cantor abertamente homossexual! A música "I Got The..." está no álbum 'Remember My Song' de 1975 e é uma pancada de tão boa no melhor estilo funk/soul.
Jean Jaques Perrey - E.V.A. (Fatboy Slim Remix) (Se você é fã de Chaves e Chapolim devia saber quem é Jean Jacques Perrey! )
Ainda tem o original dessa abaixo (pra você rir da cara daquele amiguinho VJ da MTV mudérno que só ouve o "novo" e não respeita a história da música, como já vi a Gaia Passarelli fazer pouco caso quando um músico de uma bandinha hype-mega-muderna disse que sua música tinha influências de Chic, e outras bandas de Rock que nem me recordo quais de tão despeitado que fiquei! Na ocasião ela fez cara feia e refez a lista dele sem citar Chic, com direito a um 'néeeeeeeah?" no final, a insolente! O cara deve ter ficado com uma raiva da babaquice dessa pessoa! Depois disso nunca mais assisti aquele programa GOO da Mtv. Por isso adorava o AMP, não tinha essa cretinice. Sem contar que "Naughty Girl" da Beyoncé ficou dias em 1º lugar nas paradas da MTV e não ouvi sequer a menção dos samples de Donna Summer):
(O Youtube não quer deixar embedar os vídeos. Artista condenado a ser esquecido em breve.).
Enfim, bom gosto quem tem é quem respeita a boa música de verdade. Seja rock, disco, funk, bons ouvidos não ficam punhetando em um só ritmo desdenhando novas influências ou clássicos que marcaram história.
(P.S.: Cee-lo Green usou um método horroroso que consiste em contratar uma empresa especializada em PASMEM, fazer cover de samples! Com isso, o valor pago ao original sampleado é bem menor! Pode isso?)
Enfim...
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